Sergipanos acompanham cortejo fúnebre de Déda

(Foto: Marcos Rodrigues/ASN) -
Sob aplausos, lágrimas e coro com o nome Déda, milhares de sergipanos se aglomeraram nas avenidas da cidade por onde passou na tarde desta segunda-feira, 2, o cortejo fúnebre do governador Marcelo Déda. O corpo seguiu do aeroporto até o Palácio Museu Olímpio Campos em uma viatura do Corpo de Bombeiros. Nas ruas, sergipanos inconformados, perplexos e saudosos fizeram questão de acompanhar o cortejo para prestarem suas últimas homenagens ao homem e líder Marcelo Déda.

“Nem consigo falar o que estou sentindo. Perdemos um grande governador, mas perdemos também um grande homem. Assim que soube do seu falecimento peguei minha bandeira do PT e estendi na frente da minha casa. Infelizmente, hoje é a despedida, não me conformo, mas sei que ele trabalhou até o último momento para viver, para fazer Sergipe mais feliz”, contou a presidente do diretório do PT em Santa Luzia do Itanhy, Maria Madalena de Santana, que viajou a Aracaju só para acompanhar a chegada do corpo do governador ao estado.
A jornalista Valéria Lima pegou sua bandeira de Sergipe e também se dirigiu ao aeroporto para aguardar a chegado do corpo do chefe do Executivo estadual. “Trouxe a bandeira do estado para homenageá-lo. Sergipe deve agradecer todo o desenvolvimento que vemos hoje a Déda. A estrela dele deixa de brilhar aqui, mas com certeza está brilhando em outra dimensão”, disse Valéria.
O técnico de informática, Fabrício Alcântra, também se deslocou até o aeroporto para acompanhar o cortejo desde o início. Alguns quiseram presenciar este momento como forma de externar o sentimento de perda. “Sair da 13 de Julho para prestar esta última homenagem ao nosso governador, vou acompanhar o cortejo até o Palácio Olímpio Campos. Ele deixa um legado muito importante”, afirmou Fabrício.
O trabalho não impediu Felipe Costa de está presente neste momento doloroso e histórico para Sergipe. “Sou taxista e estava na rua trabalhando, mas na expectativa de vir aqui só para homenageá-lo, porque ele foi uma pessoa muito carismática e vamos sentir falta de uma pessoa tão boa como ele”.
A empresária Rafaela Batalha aproveitou que o cortejo passou em frete à sua loja e deu uma pausa no trabalho para homenagear e lamentar a perda de Déda. “Ele foi uma pessoa muito importante para o nosso estado, por isso vim me despedir”, justificou.
Para o autônomo Manoel Luiz, Déda merece todas as homenagens e agradecimentos do povo sergipano. “Ele foi um grande cidadão, bom pai, e trabalhou no nosso governo honestamente. Sergipe perde um lutador que batalhou e fez muito pelo nosso estado”.
A aposentada Marina Santana foi eleitora fiel de Déda e levou seu filho, que é cadeirante e tem paralisia cerebral, para juntos darem adeus ao homem que segundo ela mudou a cara de Sergipe. “Votei nele para deputado, prefeito e governador. Desde às 5h que estou de pé, não consegui mais dormir, porque a saudade é tanta que se pudesse iria com ele. Meu filho Daniel também é louco por ele”, desabafou emocionada.
Já Marilange Vierira Porto se posicionou perto do Iate Clube e levou uma camisa vermelha para prestigiar o cortejo fúnebre do grande político do PT. “Déda merece todos os aplausos porque foi o melhor governador que esse estado já teve. Ele é uma estrela que brilhou aqui na terra e agora brilhará no céu”.
Aos prantos, a ex-vizinha do governador, Darlene Ferreira, deixou todos seus compromissos para se misturar àqueles que balançavam bandeiras do estado, do PT, e até mesmo do Flamengo, time do coração de Déda. “Estou arrasada, além de um excelente homem público, correto, digno, ele era um vizinho, amigo e pessoa muito simples e legal. Não era um santo, mas não conheço santos, conheço pessoas boas e ele foi uma das melhores que já tive o prazer de conhecer”, declarou a advogada.
Centenas de carros e motos percorreram todo o cortejo fúnebre cercando o carro de bombeiros que levava o corpo do governador. Por todo o percurso, ouvia-se músicas das campanhas de prefeito ou governador de Marcelo Déda, buzinas que pareciam gritar deixando escapar a dor de toda uma gente que aprendeu a admirar, amar e se orgulhar do sergipano Marcelo Déda. Nas ruas, calçadas, e nas sacadas dos prédios o povo dava adeus ao notável político e ser humano. Por volta das 17h45, o corpo chegou ao Palácio Museu Olímpio campos, onde está sendo velado e foi recebido com uma chuva de pétalas de rosas.

Por ASN

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