Gonçalo de Faro Rolemberg, tronco basilar da sergipanidade - Parte II (Final)

Gonçalo de Faro Rolemberg
(Foto: MyHeritage)
Um dos primeiros ancestrais da família com o nome Gonçalo foi Gonçalo Sotto maior, casado com Anna Dias Correia Dantas, vindos de Portugal após o Descobrimento do Brasil, daí em diante vieram os sucessivos casamentos em várias gerações, surgindo aqui em Sergipe, Gonçalo Leite, nascido em 27 de setembro de 1864 em Riachuelo/SE, filho de Antônio Leite e de Amélia Almeida Leite. F formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, exerceu a profissão em Aracaju, depois em São Paulo e em Penedo/AL, faleceu em dezembro de 1912, era avô do médico Augusto César Leite, pai de D. Maria Virginia Leite Franco, avô de Albano Franco e sogro do médico e ex-governador Augusto do Prado Franco. Existiram vários homônimos de Gonçalo de Faro Rolemberg, ao longo de sucessivas gerações e de parentesco, através de casamentos realizados e relações genealógicas consanguíneas, perpetuando os laços tradicionais com heranças culturais e políticas que serviram para formação histórica, social e étnica do Estado.
Podemos citar o fazendeiro Gonçalo de Faro Rolemberg IV, já falecido, que possuía fazendas rurais no município de Japaratuba, casado com nossa estimada prima Maria Amélia Sobral Rolemberg, filha do usineiro e ex-vice governador do Estado, Moacir Sobral Barreto, que assumiu o Governo do Estado, e de D. Osvaldina Sobral Barreto (Vavá) todos oriundos dos mesmos troncos familiares. O Cel. Gonçalo Rolemberg do Prado, senhor do Engenho Pedras, em Maruim, cuja Avenida é denominada erroneamente de Gonçalo Prado Rolemberg, quanto o correto é Gonçalo Rolemberg do Prado. O professor emérito e primeiro diretor e fundador da Faculdade de Direito de Sergipe, professor Gonçalo Rolemberg Leite, é irmão do ex-governador José Rolemberg Leite, filho do também senador Manuel Rolemberg de Menezes e de nossa tia Amélia Dias Rolemberg Leite. 
Apontamos ainda os sucessivos Gonçalos, acrescidos dos sobrenomes, Vieira de Melo, Prado, Rabelo Leite, Dias, Menezes, Sobral, Dantas, Aguiar, Barreto, Accioli, Góes, Garcez, Cardoso, Melo, Carvalho, e tantos outros remanescentes dessa mesma estirpe. Desde a época do Império, a família Dias Coelho e Mello possuía um ramo nos Rolemberg, cuja linhagem se estendeu entre as dez famílias mais importantes, iniciada com o Descobrimento do Brasil, cuja ancestralidade é remota, e vem se repetindo sucessivamente há vários séculos. As ligações entre as famílias dos Barões, os Dias, possuíam duplo Baronato, a exemplo do Cel. Domingos Dias Coelho e Melo, Barão de Itaporanga, e o Barão de Estância seu filho, Antônio Dias Coelho e Mello. 
Houve ainda a junção com o Barão de Japaratuba, Gonçalo de Faro Rolemberg, após seu casamento com a filha do Barão de Estância, o reforço das relações sociais e políticas e econômicas com destaque da vultosa herança patrimonial deixada pelo Barão de Estância Antônio Dias Coelho e Mello, para sua filha primogênita Amélia Dias Rolemberg, o Engenho Escurial foi o maior produtor de açúcar da época. 
Com o casamento de tia Sinhá, Aurélia Dias Rolemberg, com o médico e senador Gonçalo de Faro Rolemberg, redobraram o investimento da herança material e o predomínio na destacada área social, em que o herdeiro do Engenho Topo casou a produção de açúcar do Vale do Cotinguiba com os bens recebidos de seu sogro, que foi grande proprietário de terras, engenhos de açúcar, constituindo a elite, sendo alcunhados de “donos do poder”. José Rolemberg Leite, o médico Silvio César Leite, Dr. Márcio Rolemberg Leite, o advogado Alfredo e o senador Francisco Leite Neto eram filhos do também senador Manuel Rolemberg de Menezes e de Amélia Almeida Dias Coelho e Mello, que após o casamento passou a chamar-se Amélia Dias Rolemberg Leite, por sua vez filha do Barão de Estância, meu heptavô Antonio Dias Coelho e Mello. 
Pelo lado materno, Dr. José Rolemberg Leite e seus irmãos eram netos do Barão de Estância, meu heptavô Antônio Dias Coelho e Mello, e pelo lado paterno de Gonçalo de Faro Rolemberg, Barão de Japaratuba. Se os mesmos adotassem os sobrenomes originais de seus genitores, Manuel Rolemberg de Menezes e Amélia Dias Rolemberg Leite, (Menezes Dias) ou vice-versa, dos sobrenomes, seriam idênticos aos de meus filhos do primeiro consórcio com Cândida Maria de Menezes Dias, os jovens advogados Aldo Luiz de Menezes Dias, da Procuradoria da República, Thiago José de Menezes Dias, delegado na cidade de Belém no Pará, e o profissional do Direito Francisco Neto, registrados com o referido sobrenome, bisnetos que são de Cândida Dias Sobral (do Engenho Tartaruga, de Riachuelo) e de Rosa Amélia Dias Sobral (do Engenho São João). 
Já meus filhos do segundo matrimônio com celebração civil, com Denilza de Góis Sobral Rosa Dias, que foram registrados com sobrenomes Sobral de Góis Rosa Dias, os menores Rodrigo Otávio e Maria Clara, igualmente descendentes da mesma linhagem e estirpe que remonta ao seu trisavó, José Francisco de Menezes Sobral, clérigo e orador sacro de mão cheia, que assumiu a Presidência da Província no tempo do Império, cuja ordem familiar focalizada, e ancestrais se encontram todos, ao longo do tempo interligados e oriundos das raízes do vínculo de parentesco legítimo que ultrapassaram vários séculos, permanecendo no mesmo grupo familiar e laços tradicionais da antiga formação histórica e social da família sergipana. 

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* Por Givaldo Rosa Dias, Procurador federal aposentado

** Artigo publicado originalmente no portal do Jornal da Cidade

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