Comoção popular marca a chegada do corpo de Déda ao Palácio-Museu

(Foto: Victor Ribeiro/ASN) -
Faltavam algumas horas até sua chegada, mas uma multidão já o aguardava na praça Fausto Cardoso, bem à frente ao Palácio-Museu Olímpio Campos. Mesma praça onde foi empossado governador do Estado por duas vezes. Mesmo palácio que recuperou e reinaugurou em sua gestão. 

Era início de noite nesta segunda-feira, 2. Sob os aplausos do povo seu corpo foi conduzido desde o carro do Corpo de Bombeiros até o interior do palácio. Em meio às honrarias militares, o som das ruas era um só: "Olê, olê olê olá..., Dé-da..., Dé-da...". Foi difícil conter as lágrimas. 
"Eu aprendi a gostar de política por causa de Déda", dizia emocionada a servidora pública municipal Rosana Amaral, 41. Naquele momento lhe passava um filme na memória. Foi ali que acompanhou muitos dos discursos do homem que "falava com o coração". "Déda para mim é um amor inexplicável", colocou. 
Cada um tinha seu relato, sua lembrança, uma passagem qualquer onde o homem público Marcelo Déda esteve presente. "Ele foi meu governador. Já trabalhei para ele, cozinhando sua comida, e bem sei como era uma pessoa excelente. Igual a ele nunca vai ter", comentou a telefonista Adna Rodrigues, 57.
A poucos metros dela estava o senhor José Soares de Souza, 54. Há 29 anos funcionário da Deso, ele recorda de seu primeiro contato com Déda. "Ele era deputado estadual, sempre defendeu os trabalhadores. Foi um homem muito honrado. Sergipe jamais esquecerá este nome: Marcelo Déda". 
No interior do Palácio-Museu, uma missa reservada aos familiares deu continuidade às homenagens. Mesmo ao lado de fora, a população seguiu à espera de sua vez. O momento de se despedir do governador cujo legado ficará para sempre na memória dos sergipanos.
Foi o empenho do governador Marcelo Déda em assentar milhares de famílias de agricultores do interior que trouxe a família de Odair José Almeida ao Palácio Museu. Odair, esposa e filhos saíram de Nossa Senhora da Glória pela manhã e aguardaram desde as 15h o momento da despedida. "Viemos trazer nossa gratidão pelo que Déda fez pelo sertão e pelos trabalhadores Sem Terra. nenhum outro governador fez o que ele fez na área de assentamento. Em Glória são mais de 20 assentamentos. Estamos desde as 15h na fila e passaríamos a noite inteira aqui para vê-lo pela última vez", declarou o agricultor que vive no assentamento Adão Preto.
Assim como Odair, centenas de sergipanos esperam o momento de se despedir do governador Marcelo Déda. A emoção tomou conta da militante Beatriz Guimarães, que acompanha a trajetória do governador há mais de 17 anos. "Déda deixa seu amor por Aracaju e Sergipe. Hoje é um dia de tristeza e alívio porque acabou o sofrimento dele. Amanhã, estarei aqui para prestar minha última homenagem".
"O governador Marcelo Déda reconheceu o valor do funcionário público, alimentou nossa autoestima e dedicação ao trabalho no serviço público. Vim trazer minha última homenagem e oração", disse o funcionário público Antonio Azevedo.


Por ASN

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