O Projeto Escola Democrática e Popular: a Educação que queremos

Divulgação

* Por Izabel Nascimento

O Sintese - Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica da rede Oficial do Estado de Sergipe - mais uma vez inova em suas práticas e desafia os Professores e Professoras da rede Pública deste Estado com o Projeto construído pela categoria para ser implementado na Rede Estadual e nos 74 municípios que compõem a sua base.
O Coquetel de Lançamento do Projeto ocorrerá na próxima quarta-feira, dia 30, a partir das 19h na Sociedade Semear em Aracaju. Para este evento, todos os Professores e Professoras da Rede Pública sergipana estão convidados. A organização das caravanas está sendo feita pelas Comissões dos Municípios.
Fruto de um estudo realizado durante o ano de 2012, o Projeto Escola Democrática e Popular: a Educação que queremos, coordenado pelo Prof. Dr. André Martins, da Universidade Federal de Juiz de Fora, foi aprovado no XIV Congresso de Educação - instância máxima desta entidade sindical - após terem sido feitos diversos debates em todo o Estado de Sergipe, nos quais os/as Professores/as sugeriram emendas e abordagens na intenção de que este trabalho tivesse a identidade da Educação Pública de Sergipe.
Para mim, o Projeto Escola Democrática e Popular: a Educação que queremos, fez ressurgir uma esperança. Um sonho que há muito tempo perdia o brilho. Numa realidade de desvalorização dos Profissionais do Magistério, de banalização do discurso em prol de uma "Educação de Qualidade" e de necessidades gritantes da Escola Pública, os/as Professores/as estão sufocados/as, os/as Estudantes desmotivados/as e a Sociedade tende a aceitar o discurso de culpabilização atribuído ao Docente, legitimado pelos pacotes avaliativos do atual modelo de Educação, com metas e índices que sugerem o sucesso ou o fracasso às ações individuais dos sujeitos.
Diante disso, há um grande debate que precisa ser feito. As diversas reformas educacionais, os Pacotes Pedagógicos e os Indicadores de desenvolvimento da Educação, que dão a impressão de que várias tentativas estão sendo feitas para que o país alcance o pleno desenvolvimento educacional, convergem num objetivo: promover a manutenção do Ensino nos patamares medianos. Isso porque a Educação para Emancipação Humana não é, nem de longe, o projeto de Educação que defende a Classe Dominante deste país.
Para que a Qualidade da Educação seja uma realidade, nós que fazemos parte dela, precisamos dar passos no sentido de conhecer e reconhecer. Conhecer a função social da Escola, seu perfil, a importância da participação da Comunidade escolar nessa construção; Reconhecer no seu aluno, um potencial, um sujeito de direitos e principalmente, reconhecer-se enquanto classe trabalhadora que necessita estar organizada para a luta por reais transformações.
Não visualizo outro caminho, a não ser pelo viés da construção, da coletividade, da participação, do diálogo para a emancipação. O Projeto "A Escola que Queremos" é um convite à mudança! Um chamado dos trabalhadores a uma realidade necessária e urgente.
Fazer parte deste sonho, desde os primeiros momentos, para mim é mais do que um despertar para luta. É uma certeza na transformação da educação pelas mãos daqueles/as que a constroem todos os dias.
Há quem afirme que não podemos mudar o mundo. Diante do desafio que nos bate à porta, eu pergunto: Por que não? 


* Diretora do Departamento de Formação do Sintese e Professora da Rede Pública de Maruim.

Postar um comentário

0 Comentários