(Foto: Divulgação) |
Para o economista do Dieese, Luis Moura, os banqueiros têm condições de avançar na oferta. “A primeira proposta sempre foi rebaixada, ainda mais quando ela vem com um abono. Nos últimos anos, os bancários têm zerado a inflação e conseguiram um aumento real de 20%. Mas, nem se compara aos lucros dos banqueiros, que atingiram 120% no mesmo período. Então eles têm condições de avançar”, opina.
Segundo dados divulgados este mês pela Economatica, no segundo trimestre de 2016 os quatro maiores bancos (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander) lucraram juntos R$ 13,46 bilhões. O Itaú obteve o melhor resultado, com R$ 5,51 bilhões, seguido pelo Bradesco com R$ 4,13 bilhões. O BB registrou o terceiro melhor resultado, com R$ 2,46 bilhões; e o Santander, R$ 1,34 bilhões. Todos quatro tiveram alta no lucro em relação aos três meses anteriores.
Para a presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira, a contraproposta apresentada pela Federação Nacional dos bancos (Fenaban) foi considerada uma ofensa aos trabalhadores do setor mais lucrativo da economia e que sofrem diariamente com a pressão por metas cada vez mais abusivas dos bancos. A categoria quer aumento real de salários e a ampliação dos direitos.
A assembleia começou com a apresentação da peça teatral “Só a Luta te Garante”, tema da Campanha Salarial deste ano, e terminou com as seguintes palavras de ordem: “Não vamos aceitar o retrocesso!” “O abono é um cala boca, vamos à greve”! “Não vamos aceitar nenhum direito a menos”! É consenso entre os bancários que só com a unidade da categoria é que melhores resultados poderão ser atingidos. Na próxima segunda-feira, dia 5, às 18h,será realizada a assembleia organizativa para encaminhamento da greve.
Principais reivindicações dos bancários:
Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$8.317,90
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880 ao mês (valor do salário mínimo)
Vale refeição no valor de R$880 ao mês
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Por Ascom/SEEB
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