121 anos do maruinense Josias Vieira Dantas

Josias Vieira Dantas

No dia 20 de janeiro de 2011, Josias Vieira Dantas completaria 121 anos de nascimento. Nascido em Maruim, em 1890, o filho do Coronel Francisco Correia e Antônia Vieira Dantas, foi um grande progressista e esteve associado a diversos empreendimentos na sua cidade natal.
Um grande estudioso ocupou diversos cargos no majestoso Gabinete de Leitura de Maruim. Foi Bibliotecário em 1917-1918, na gestão do Presidente do Gabinete, o Sr. Deocleciano Rocha e 1921-1922, na gestão de Durval Maynart; Em 1918-1919, na gestão de Olívio Barretto; 1920-1921, na gestão de José Quintiliano da Fonseca e 1921-1923, na gestão de Manoel M. Polito, exerceu o cargo de Vogal. Ocupou a Presidência do Gabinete de Leitura em 1923-1924, 1924-1925, 1925-1926, 1926-1927 e 1927-1928, contando com apoio de diversos intelectuais, entre eles o Dr. Joel Macieira Aguiar.
Josias Vieira Dantas foi um visionário e deixou diversos legados em Maruim. Quando ocupou a presidência do “majestoso” em 1926, adquiriu o prédio que hoje funciona o Gabinete de Leitura. Fundou o hoje extinto, Banco de Crédito Popular de Maruim; Em parceria com seu irmão Alcebíades Vieira Dantas, em 1928, a Fábrica de Tecelagem Sergipe Fabril, hoje Condomínio Industrial Maisa; Em 1942, fundou o Colégio Monte Carmelo, que ficou sob a responsabilidade da Congregação Carmelita Feminina, com sede em Recife (PE).
Dantas recebeu o título de “Zelador da Obra das Vocações Sacerdotais”, por Dom Fernando Gomes, pelo apoio dedicado à Diocese e pela tentativa, sem êxito, de criar em 1951, o Seminário Menor em Maruim.
Em 05 de maio de 1954, apoiado por seu primo Clodoaldo Passos e pelo fundador da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos (CNEG), em Sergipe, o Dr. Felipe Tiago Gomes, continuou a valorização da educação ao inaugurar o Ginásio Maruinense no Instituto Cruz, prédio que hoje funciona a Secretaria Municipal de Maruim, na Praça João Rodrigues.
Em 1958, Josias Vieira Dantas trouxe a Congregação Religiosa Feminina das Irmãs de Santa Terezinha e, neste ano também, recebeu a medalha comemorativa da Conferência Internacional de Investimentos em Belo Horizonte e Araxá, em Minas Gerais e Brasília, no Distrito Federal, pelo Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em 1968, representou a Federação das Indústrias de Sergipe nos Congressos Interestaduais de Pernambuco, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Também neste ano, recebeu o título de sócio-remido da Associação Comercial de Sergipe, através do então Presidente Ayrton Valença de Vasconcelos.
No final da década de 60, precisamente em fevereiro de 1969, transferiu-se para Aracaju para realizar tratamento de saúde.
Em 16 de março de 1971 faleceu em Aracaju e foi sepultado no Cemitério Cruzeiro do Novo Século, em Maruim.
Josias Vieira Dantas recebeu diversas homenagens, entre elas estão à denominação do Gabinete de Leitura para Biblioteca Municipal Josias Dantas, que a partir de 1992, passou a ser administrado pela Prefeitura Municipal de Maruim; a Escola Municipal de Ensino Fundamental Josias Vieira Dantas, na Rua Pedro Freire, bairro Lachez, em Maruim; Em Aracaju, a Rua RT-5, na Coroa do Meio, que passou a denominar-se Rua Josias Vieira Dantas pela Lei Municipal Nº 1.524 e sancionada pelo então prefeito da capital sergipana, Wellington da Mota Paixão.

Texto: Keizer Santos
Imagem retirada do livro Maruim, coisas que ouvi dizer... Autoria: Prof. Gilvan Rosa

BIBLIOGRAFIA

AGUIAR, Joel. Traços da História de Maroim. 2. ed. Edição comemorativa dos 150 anos de Maruim. Aracaju: Secretaria de Estado da Cultura de Sergipe, 2004.
CRUZ E SILVA, Maria Lúcia Marques. Inventário Cultural de Maruim. Edição comemorativa aos 140 anos de Emancipação Política da cidade. Aracaju: Secretaria Especial de Cultura, 1994.
ROSA, Gilvan dos Santos. Maruim, coisas que ouvi dizer... 2. ed. rev. Aracaju: Secretaria de Estado da Educação e do Desporto e Lazer, Sercore, 1999.

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