Acervo do Gabinete de Leitura de Maruim recebe novas obras


O vasto e valioso acervo literário do Gabinete de Leitura do município de Maruim, a 30 Km de Aracaju, recebeu na manhã desta terça-feira (6), cerca de 100 obras doadas pela Biblioteca Pública Epifânio Dória, pela Universidade Tiradentes (Unit) e pela Academia Maruinense de Letras e Artes (AMLA). A solenidade de entrega oficial aconteceu no hall da Biblioteca Municipal Josias Vieira Dantas, no Gabinete.

Entre as obras doadas estão os títulos Educadores de Sergipe à luz da República; Sergipe Panorâmico; Caminhos da Capital, de Maria Lúcia Marques Cruz e Silva e Jouberto Uchôa de Mendonça; Gabinete de leitura: Poesias não convencionais, de Hefraim Andrade; Gramática da Língua Francesa; Novíssima de Delta Larousse; Catálogo Raissonné de Cândido Portinari.

O secretário municipal de Cultura e Turismo, Gilton Rezende, agradeceu a parceria com as instituições com o objetivo de receber livros para o acervo do Gabinete. “Para o nosso gabinete, esses livros têm uma importância imensurável diante da necessidade de transmissão de conhecimento, sobretudo para esta nova geração, que precisa conhecer a força literária da nossa terra”, destacou.

Além da presença do secretário municipal de Cultura e Turismo, Gilton Rezende, a solenidade também contou com a participação da diretora da Biblioteca Municipal Josias Vieira Dantas, Jacy Prado; com as presenças dos secretários municipais Pedro Henrique (Administração), que representou o prefeito Jeferson Santana, e Tânia Maynart (Assistência Social); da presidente da AMLA, escritora e historiadora, a professora Lúcia Marques, que representou o magnífico reitor da Unit, Jouberto Uchôa; do escritor maruinense Hefraim Andrade; diretores de escolas municipais, integrantes de associações culturais e membros da comunidade.

O acervo do Gabinete

De acordo com o historiador, o professor Adailton Andrade, no acervo do Gabinete de Leitura de Maruim, no final do século XIX, constava obras de Voltaire (1860), Rousseau (1857), Júlio Verne (1878), Michelet (1863), Balzac (1863), M. A. Thiers (1862) com a sua “História da Revolução Francesa”, Antônio Feliciano de Castilho (1863) em “Camões: estudo histórico e poético”, Frédéric Soulie (1852) com “Le Veau d’or”, I. F. da Silva e L. A. Rebello da Silva (1853) em “Poesias de Manuel Maria de Barbosa du Bocage”, Sebastião da Rocha Pitta (1880) “História da América Portuguesa”, Visconde de Taunay (1896) com “Innocencia”. Essas obras, geralmente, eram editadas em Paris (França), Bruxelas (Bélgica) e Lisboa (Portugal).

Adailton Andrade ressalta que os gabinetes de leitura foram criados no Brasil pelos portugueses. Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia receberam os primeiros gabinetes no início do século XIX. No Estado de Sergipe, existiam o Gabinete Literário Laranjeirense, o Gabinete de Leitura de Riachuelo, Gabinete de Leitura de Tobias Barreto e o ‘majestoso’ Gabinete de Leitura de Maruim, que foi idealizado pelo cônsul alemão Otto Schramm. Na tribuna do Gabinete passaram grandes conferencistas como Tobias Barreto, Silvio Romero, Fausto Cardoso, Gumercindo Bessa, Felisbelo Freire, Homero de Oliveira, entre outros.

Utilidade Pública Federal

Por sua importância, o Gabinete de Leitura foi reconhecido como Utilidade Pública Federal em 1º de outubro de 1919, através do Decreto nº 3.776, assinado pelo presidente da República, Epitácio Pessoa, por intermédio do deputado federal Deodato Maia. Desde 1992, o Gabinete de Leitura foi municipalizado pelo então prefeito de Maruim, Murilo Mota de Oliveira, que o transformou em Biblioteca Pública Josias Vieira Dantas.
No dia 19 de agosto de 2018, o Gabinete de Leitura de Maruim completará 141 anos de contribuição à cultura brasileira.




Fonte: Prefeitura de Maruim


 


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